Crianças com atrasos ou distúrbios no desenvolvimento da linguagem: estratégias para a interação dos pais (Zorzi, 2008)

– Aguardar, observar e ouvir tudo o que a criança tem para manifestar: gesto, vocalizações e olhares.

– Não atuar de forma diretiva e controladora, dando oportunidade para a criança manifestar seus desejos, interesses e necessidades.

– Fornecer oportunidades que favoreçam a comunicação e saber aguardar uma resposta.

– Propiciar situações de interação com equilíbrio de turnos comunicativos.

– Usar linguagem compatível com as possibilidades de compreensão da criança.

– Não dar automaticamente as coisas para a criança: aguardar que ela tome iniciativas para solicitar os objetos.

– Garantir a proximidade física e o contato face-a-face: a proximidade facilita o intercâmbio comunicativo.

– Dar nome às coisas, de modo natural. Nomear sistematicamente objetos e ações aumenta a possibilidade de compreensão, assim como conduz ao uso de palavras novas.

– As situações do dia-a-dia devem ser adaptadas de modo que levem a criança a usar a linguagem como um meio privilegiado de ação.

– Criar pequenos problemas cujas soluções impliquem atos comunicativos. Aguardar as atitudes da criança para resolver situações como esta.

Atenção:

Quando as necessidades das crianças são atendidas sem ser preciso qualquer esforço de comunicação por parte delas, ou quando o ambiente está estruturado para que consigam diretamente tudo o que pretendem, encontramos situações pouco favoráveis para que iniciem a comunicação e compreendam suas funções.

Crianças com dificuldades de linguagem têm, em geral, pouca iniciativa e desistem com facilidade quando surge algum obstáculo às suas tentativas de ação. Quando terapeutas e pais respondem prontamente a tais tentativas, podem estar dando-lhes mais confiança e aumentando sua iniciativa à medida que sentem que podem comunicar.

O que deve ser evitado:

– Tomar sistematicamente a iniciativa da comunicação.

– Ficar testando as capacidades das crianças com ordens e perguntas.

– Dirigir a ação da criança, dizendo como ela deve agir ou proceder.

– Interromper os silêncios que correspondem ao tempo de espera para que a criança tome a iniciativa da comunicação.

– Falar no lugar da criança, completando palavras e frases.

– Falar em excesso, sem dar tempo para a criança responder ou tomar iniciativa.

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